24 março 2007















Vista da costa norte da Ilha do Sul, por ocasião da viagem de barco entre Wellington e Picton.










Nelson: a rua principal do centro da cidade, num dia de semana, por volta das 18.00 horas.
Na NZ, quase todas as lojas encerram às 17.00 horas, após o que as ruas das cidades ficam rapidamente desertas.














Kaiteriteri














Baía Onetahuti, Parque Abel Tasman: "Pied Cormoran", aves marinhas bastante sociáveis.














Baía de Awaroa: passeio de barco ao longo da costa do Parque Abel Tasman.














Estrada entre Kaiteriteri e Westport.














Cabo Foulwind
Hokitika Gorge: ponte suspensa.

18 março 2007















Glaciar Franz Josef, visto do miradouro "Sentinel Rock"
(de notar a escala humana, na parte inferior direita da fotografia).
A ILHA DO SUL – DE PICTON A FOX GLACIER

De manhã cedo, chego ao porto de Wellington para embarcar, com o carro, afim de atravessar o Estreito de Cook, que separa as duas grandes ilhas da NZ.
A propósito, a Ilha do Sul, para a qual me dirijo agora é substancialmente maior que a do Norte, e tem apenas cerca dum terço da população desta, aproximadamente 1.000.000 de habitantes. Isto significa que, se na Ilha do Norte já se sente pouca pressão humana, então na do Sul a presença humana é ainda menor. Gosto desta característica!
As formalidades de embarque fazem-se de modo ordenado, sem qualquer atropelo. O navio da Bluebridge, uma das duas empresas que operam nesta rota, transporta simultaneamente passageiros, nacionais e estrangeiros, que vão de passeio para sul, assim como viaturas pesadas, de transporte de mercadorias.
Às 8.00 horas o navio inicia a sua viagem, com a duração de pouco mais de
3 horas. O dia está nublado, ventoso, e o mar está calmo.
Depois de contornar o interior da baía de Wellington, deixamos para trás a Ilha do Norte, e à nossa frente já se vê a Ilha do Sul.
Ao aproximarmo-nos desta, a beleza da paisagem aumenta substancialmente, já que o navio entra no estreito Canal Tory, à esquerda do qual se situa a parte “continental” da grande ilha, e à direita surgem várias ilhas menores. Em ambos os lados, a costa é bastante recortada, e o terreno acidentado, com pequenas montanhas, gradualmente mais arborizadas, sobretudo com elegantes pinheiros.
Ondulando entre os limites do canal, entramos no Queen Charlotte Sound, extensa baía onde termina esta viagem de grande beleza cénica, no porto de Picton, pequena povoação que vive sobretudo do movimento de passageiros que transitam entre as duas grandes ilhas da NZ, para além do porto de mercadorias, a partir do qual são exportadas madeiras e vinhos, sendo o nordeste da Ilha do Sul a principal região vinícola do país.

Eu tinha sido previamente avisado, por neozelandeses e visitantes estrangeiros, acerca da extraordinária beleza natural desta ilha, que a colocam num nível superior ao da Ilha do Norte.
Atendendo ao facto de eu achar que a do Norte é muito bonita, tinha as maiores expectativas acerca do que a natureza me iria proporcionar na do Sul.
Apenas pela chegada à Ilha do Sul, ao fim do primeiro dia aqui passado, já estava convencido da veracidade das opiniões comparativas.

De Picton, viajo para oeste, pela estrada designada Queen Charlotte Drive, ao longo da costa, até Havelock.
A paisagem espectacular que havia presenciado horas antes do mar, repetiu-se, agora a partir da costa. Dezenas de baías, com encostas íngremes e muita vegetação, no meio da qual se vislumbram, aqui e ali, casas de pessoas afortunadas e bom gosto. No mar, barcos de recreio, ou não estivéssemos na NZ, onde todas as áreas costeiras dispõem de rampas, para que os utilizadores de barcos os possam colocar e retirar da água.
Chegado a Havelock, a tempo do almoço, encontro-me na auto-proclamada “Capital Mundial do Mexilhão”. Pois então, nada melhor que provar as famosas e deliciosas “green lip mussels”.
De regresso à estrada, que a partir de Havelock se afasta um pouco da costa, dirijo-me para Nelson, a principal cidade desta região, conhecida sobretudo pela produção vinícola e frutícola, pela grande riqueza artística da sua população, já que se encontram inúmeros artesãos que aqui vivem e trabalham, e pelo facto de Nelson estar próxima de três dos catorze Parques Nacionais da NZ, que na totalidade ocupam mais de 9.000.000 de hectares, cerca dum terço da área total do país.
No meu caso, o que me trás a esta região é principalmente o Parque Abel Tasman, situado a noroeste de Nelson.
A cidade de Nelson revela-se atraente, desde a minha chegada. Desde logo, o centro de informações turísticas, onde me dirijo para obter informações e garantir alojamento.
Já anteriormente referi a grande qualidade dos centros de informações turísticas na NZ mas, volto a referi-lo, tão justo é este destaque.
Em Nelson, está o centro melhor organizado que encontrei até agora, para assistir os visitantes, em todos os seus desejos (http://www.i-sitenelsonnz.com/).
Em todo o país, estes centros são identificados pela designação I-SITE
(http://www.i-site.org/). Aqui em Nelson, o centro inclui uma área de informações do DOC (Department of Conservation) (http://www.doc.govt.nz/), a instituição responsável pelos Parques e Reservas Naturais, pela proximidade de três Parques Naturais, onde os visitantes podem obter todas as informações necessárias para programarem os seus passeios, a partir duma enorme quantidade de opções.

Mais tarde, ao passear pelo centro de Nelson, descubro a cidade mais florida que encontrei até agora na NZ.
A malha urbana do centro de Nelson é semelhante à de quase todas as cidades da NZ: ruas paralelas, cruzando-se com outras perpendiculares, ocupadas por comércio. Nesta cidade, todas as ruas do centro estão ornamentadas com centenas de vasos suspensos dos edifícios, os quais se encontram repletos de flores, formando um caleidoscópio de cores.

De Nelson, dirijo-me para a área do Parque Abel Tasman, estabelecendo como base a pequena povoação de Kaiteriteri, na orla sul do parque.
Fico hospedado numa casa de turismo de habitação, Bracken Hill B&B, localizada no topo duma colina, com uma excelente vista panorâmica sobre uma baía que, como tenho observado noutras áreas costeiras da NZ, por ser pouco profunda, fica praticamente seca na maré baixa. Ao longe, para lá da baía, vêm-se as silhuetas das montanhas da região de Marlborough.
Ao chegar, apercebo-me que a propriedade onde se encontra esta casa está à venda. Conversando com o proprietário, Tom, este disse-me ser sua intenção mudar-se, com a sua mulher, para um terreno próximo, onde irão agora construir uma casa mais pequena que esta, abandonando a actividade hoteleira.
Posteriormente, ao deixar a região, fico a pensar no que poderia fazer, se decidisse comprar esta propriedade. Por outras palavras, se eu tivesse 1.000.000 de euros para investir, provavelmente compraria esta propriedade para explorar uma pequena unidade hoteleira.
Este desejo baseia-se não apenas na perspectiva dum bom investimento imobiliário, mas também no facto desta região ser absolutamente deslumbrante, do ponto de vista paisagístico. De todas as regiões costeiras que visitei até agora na NZ, esta é a minha preferida.

Nas imediações da casa onde estou hospedado, excluindo o território do Parque Abel Tasman, existem várias praias de sonho, apenas com dois inconvenientes para mim: a água do mar nesta região, é um pouco fria para o meu corpo (a temperatura da água é semelhante à da costa de Lisboa, no Verão), e existem uns pequenos insectos, que não são mosquitos, mas que também picam, provocando comichão. Estes insectos, que irei encontrar noutras regiões da Ilha do Sul, chamam-se, em inglês, “sand flies”.

Para visitar o Parque Abel Tasman, existem várias opções de passeios pedestres, sendo a mais popular o Abel Tasman Coastal Track (classificado como um dos nove “Great Walks of NZ”), com a extensão de 51 km, como o nome indica, feitos ao longo da costa, num período de entre três a cinco dias. Quem opta por fazer este percurso na íntegra, pode dormir em casas-abrigo, ou em parques de campismo, ambos controlados pelo DOC.
Como alternativa, os visitantes podem entrar no parque a partir dos seus limites sul e norte, caminhando durante o tempo que quiserem, saindo do parque antes do final do dia.
Outra alternativa, é a de viajar para o interior do parque de barco, visitando-o a partir do mar. Esta foi a minha escolha.
Em Kaiteriteri, existem várias empresas que vendem serviços de barco, para levar visitantes ao parque. Desde caiaques a veleiros, passando por barcos a motor, a escolha é grande.
Optei por um serviço de barco a motor, que me transportou, juntamente com outras pessoas, entre as quais estava um português, Paulo, que reside há pouco tempo na NZ, vindo de Inglaterra.
Ao longo da costa, durante cerca duma hora, passamos frente a inúmeras baías, umas rochosas e outras com areia, umas pequenas e outras extensas, sempre com um fundo de montanhas, com bastante vegetação. Aqui e ali, dispersas, vêm-se algumas casas, de particulares. Estas casas de férias, que na NZ se chamam “Bach”, encontram-se em terrenos privados, anteriores à classificação desta área como Parque Natural.
De manhã, no percurso de ida, tivemos a felicidade de observar um grupo de orcas, a poucas centenas de metros da costa, e a curta distância do nosso barco, para além dum pequeno pinguim azul, que nadava sozinho no vasto oceano.
Antes de deixar o barco, na magnífica baía de Onetahuti, frente ao ilhéu de Tonga, pude ainda observar a colónia de focas, duma espécie aqui chamada de kekeno, que habita permanentemente neste local.
Despedindo-me dos restantes passageiros do barco, saltei para a praia, juntamente com outras pessoas que aqui saíram, e reparei que nesta extensa praia, estavam algumas dezenas de outras pessoas, com caiaques, preparando-se para iniciarem um percurso com os mesmos.
Fiquei na praia a vê-los partir, para então caminhar ao longo da mesma, já deserta, até à extremidade oposta. Neste percurso, encontrei-me com várias aves marinhas que deambulavam pelo areal, as quais permitem que as pessoas se aproximem delas até poucos metros de distância, sem a reacção de fuga a que nos habituámos na Europa.
A partir da praia de Onetahuti, segui um trilho que me levou para o interior, para norte, através de terreno com muita vegetação. Passada cerca duma hora, atingi o meu destino, o Awaroa Lodge, um pequeno hotel de qualidade, com preocupações ambientais. Aqui, almocei, depois de ter visitado a praia vizinha, igualmente magnífica.
Ao fim da tarde, em Awaroa Bay, voltei ao barco, para viajar de regresso a Kaiteriteri.

No dia seguinte, deixei o norte da Ilha do Sul, para viajar para sudoeste, em direcção à costa ocidental. Os cerca de 300 km que percorro, pelo interior, contornando o Parque Kahurangi, um dos maiores do país, revelam paisagens campestres de grande beleza.
As últimas dezenas de quilómetros antes de chegar a Westport, o meu destino diário, levam-me ao longo do rio Buller, num percurso sinuoso e profundo, ladeado de montanhas.
Westport, é uma das maiores cidades desta região, apesar de ter poucos milhares de habitantes. Nada desta cidade tem particular interesse mas, nos arredores, na área do Cabo Foulwind, existe uma colónia de focas (kekeno) bastante acessível para observação. Este é o motivo que me leva a permanecer em Westport.
A colónia de focas vive numa área rochosa, inóspita, pelos ventos fortes e mar revolto. Para chegar a ela, duma das extremidades da Baía de Tauranga, caminho por um trilho cuidado, com passadeiras de madeira, até chegar a um observatório, do qual vejo dezenas de focas (nesta altura do ano, apenas aqui estão as fêmeas com as crias nascidas há poucos meses). Enquanto que as mães descansam nas rochas, as crias divertem-se em exercícios que revelam a sua extraordinária destreza na água.

De Westport, sigo para sul, ao longo da costa, que é designada West Coast, Westland, ou Wetland, porque é uma das regiões mais chuvosas da NZ.
Esta estrada costeira é considerada de grande beleza cénica, percorrendo uma extensa área litoral entrecortada por inúmeros rios, que descem das montanhas, com fortes caudais, arrastando muita pedra.
Para justificar o nome de Wetland, viajo debaixo dum temporal, com chuva e ventos muito fortes. Antes de chegar ao meu destino do dia, ainda me detenho em Punakaiki, onde existe uma das maiores atracções naturais desta região. Trata-se das Pancake Rocks, formações rochosas de grandes dimensões, que se encontram na orla marítima, as quais têm a particularidade de apresentarem camadas horizontais de rocha, como se alguém as tivesse desenhado e construído, empilhadas umas sobre as outras.
Para além das formas originais, pela erosão do mar, quando este embate nas rochas, ao circular por entre galerias abertas pela força do mar, provoca uma espécie de géisers, projectando água e espuma a vários metros de altura.
Ao fim da tarde, ainda com vento e chuva, chego a Hokitika. Hoje, também a temperatura desceu bastante, prenunciando o final próximo do Verão.
Hokitika, é uma pequena cidade simpática, com motivos de interesse que me agradam.
Esta região é a mais importante da NZ para a produção de trabalho artesanal em jade (também chamada greenstone, nephrite, ou pounamu, pelos Maori). Estes atribuem um valor elevado ao jade, que é transportado das montanhas dos “Southern Alps”, situadas na parte interior da região, pelos muitos rios caudalosos que vêm desaguar no oceano.
Actualmente, todas as reservas de jade desta região são propriedade duma tribo Maori, Ngäi Tahu, que comercializa a matéria bruta. No entanto, esta tem hoje a concorrência de jade proveniente doutros países, e também de trabalhos artesanais executados na China, com os desenhos tradicionais da NZ.
Hokitika tem pois uma comunidade de artesãos bastante rica, e não apenas na área do jade, que oferecem os seus produtos num conjunto de boas lojas, e particularmente numa excelente galeria colectiva (http://www.hokitikacraftgallery.co.nz/), propriedade duma cooperativa de artesãos local.
Em Hokitika fiquei instalado num simpático motel, Shining Star Beachfront Chalets, que tem diversos animais residentes, entre os quais duas alpacas nascidas na NZ.
Frente ao terreno do hotel onde me encontro, existe um local interessante. É uma pequena área natural, onde vivem “glowworms”, os insectos que já referi em anterior crónica, quando estive em Hamilton, sendo que aqui estes minúsculos seres vivem ao ar livre, e não em grutas.
Para apreciar os “glowworms”, dei um passeio nocturno ao local, caminhando às escuras por um caminho sinalizado, até chegar a um ponto em que, olhando à minha volta, me vi rodeado por uma miríade de pequenas luzes provenientes das pequenas criaturas. Parecia um conto de fadas.
No dia passado em Hokitika, ao fim da tarde, saí da cidade para visitar um parque natural, “Hokitika Gorge”, situado a poucas dezenas de quilómetros da cidade. Este passeio levou-me, por estradas secundárias, que cruzam terrenos agrícolas, até próximo das montanhas dos “Southern Alps”, constatando a existência de muita neve, caída nos dois últimos dias, nos cumes mais elevados.
O Parque “Hokitika Gorge” é um exemplo da riqueza natural da NZ. Difícil de encontrar no mapa, e nos guias turísticos, é uma região lindíssima, pela coexistência de rios provenientes das montanhas próximas, e uma floresta húmida, plena de vida. Para complementar o que a natureza aqui proporciona, existe uma ponte suspensa, útil para atravessar um rio, e dela admirar a paisagem.

De Hokitika, continuo para sul, com destino à região dos principais glaciares da NZ, Franz Josef e Fox.
Como já vem sendo hábito, tive mais uma grande experiência rodoviária. De início ao longo da costa, e mais tarde pelo interior, cruzei muitos rios com leitos turbulentos, belos lagos com excelentes áreas de repouso para os viajantes, florestas densas com as montanhas ao alcance da vista, e poucos automóveis na estrada, o que amplia o prazer de viajar.
Os glaciares Franz Josef e Fox distam apenas cerca de 20 km um do outro, e estão situados no Parque Westland, considerado pela UNESCO Património Natural da Humanidade, juntamente com três outros parques naturais da região sudoeste da Ilha do Sul, com uma área total de 2.600.000 de hectares.
Nesta região encontram-se algumas das montanhas mais altas da NZ, incluindo o “Mount Cook”, a mais alta, com 3.754 metros.
Estes glaciares têm características únicas no género, pelo facto de estarem numa região de vegetação densa, com florestas húmidas, a baixa altitude, e por progredirem, ou regredirem, muito mais rapidamente que os restantes glaciares do mundo, provavelmente pelas características topográficas do terreno.
A minha base nesta região é a povoação de Fox Glacier, mais pequena que a vizinha Franz Josef Glacier.
Antecipadamente, tinha previsto fazer aqui uma viagem de helicóptero para visitar os dois glaciares. Tinha lido e ouvido relatos entusiasmados de outros viajantes sobre essa experiência mas, as condições atmosféricas adversas que encontrei na região, chuva e um tecto de nuvens baixo, não me permitiram concretizar este desejo. As várias companhias que operam os helicópteros nesta área, têm critérios de segurança rigorosos, cancelando os voos, quando as condições climatéricas não são boas. Segundo me disseram, em média, só efectuam voos em cerca de 50% dos dias do ano.
Como alternativa, poderia ter optado por uma visita guiada aos glaciares, para caminhar sobre o gelo. Mas, eu não sou um apreciador de desportos de Inverno, pelo que esta hipótese não me interessa.
Assim, limitei-me a visitar os dois glaciares por terra, fazendo curtos percursos para atingir miradouros dos quais se observam as longas massas de gelo que a natureza ali depositou.

Neste dia aqui passado, um outro passeio me foi recomendado: o do Lago Matheson, situado a cerca de 6 km de Fox.
Este lago, de origem glaciar, está rodeado de floresta húmida, com as características habituais desta região, com uma grande diversidade de fetos, que se desenvolvem por entre as árvores.
O passeio pedestre à volta do Lago Matheson foi desenhado com mestria, proporcionando não só um bom exercício físico, com cerca de 90 minutos de duração, mas também, uma experiência sensorial inesquecível. Para além do esmero do trilho, ora em terra, ora em estrado de madeira, o contacto com a natureza luxuriante, as aves que parecem acompanhar os caminhantes, os bancos para repouso, reflexão e observação de vistas panorâmicas sobre as montanhas próximas, os reflexos destas e da vegetação envolvente ao lago na água, fazem deste passeio um momento de rara beleza.

A minha visita à Ilha do Sul, identificada pelos seus habitantes como “mainland”, prossegue, ainda mais para sul, pelo que continuarei esta crónica posteriormente.

08 março 2007















"Silver Fern", o símbolo nacional da Nova Zelândia.











Paisagem campestre nos arredores de Hamilton.














A Cecilie, na praia de Kawhia.














Waikawa Point, na estrada para East Cape.














East Cape: o ponto mais oriental da Nova Zelândia.














Mahia Beach: vista da casa Seashore B&B.












Napier: edifícios de estilo Art Deco, no centro da cidade.











Napier: exemplo de arquitectura de estilo Art Deco.














Wellington: vista da cidade, a partir do Jardim Botânico,
com o "cable car" em primeiro plano.
Wellington: escultura metálica suspensa,
no centro da cidade.
A ILHA DO NORTE – DE HAMILTON A WELLINGTON

De Whangamata até Hamilton, para sudoeste, a estrada percorre maioritariamente extensos campos agrícolas e pequenas povoações.
Chegado a Hamilton, provavelmente a terceira cidade mais populosa da Ilha do Norte, dirijo-me a casa da Cecilie, seguindo as instruções que ela me havia enviado por e-mail. Sem dificuldades, encontro a casa e a Cecilie.
Não nos víamos há quase 13 anos, quando eu e a Ana visitámos Hamilton, onde na altura viviam a Cecilie e o Gregor, seu companheiro, entretanto falecido.
Naturalmente, revemos bons momentos então vividos, e recordamos amigos comuns, nomeadamente a Clara e o Jack, sendo este, companheiro de música da Cecilie. A Cecilie é pianista de música clássica, e por isso, tem acompanhado o Jack em muitos recitais dados na NZ, onde o Jack se desloca com alguma regularidade.

No dia seguinte à minha chegada, saímos de Hamilton, para passear de carro pela região.
O primeiro destino está algumas dezenas de quilómetros a sul da cidade. É uma área conhecida pelas muitas grutas que existem no subsolo, nomeadamente umas onde existem uns seres vivos peculiares, raros, chamados em inglês, “glowworms”. Estes seres minúsculos, têm a particularidade de emitirem luz, quando num ambiente escuro, o que sucede nestas grutas.
As grutas de Waitomo, que eu tinha visitado há 13 anos, são uma das principais atracções turísticas desta região.
A visita às grutas onde vivem os “glowworms” é feita com a supervisão de guias, e culmina com um passeio de barco, em silêncio, às escuras, no leito dum rio subterrâneo, sobre o qual, no tecto das grutas, vivem milhares de “glowworms”.
O efeito luminoso causado por estes é interessante, parecendo que o tecto das grutas se transforma no céu estrelado.
O passeio de barco termina no local onde o leito do rio volta à superfície, numa área de vegetação luxuriante.
Sendo esta região rica em grutas, existem outras que estão abertas ao público, pelo que decidimos visitar uma nova para ambos, a gruta Ruakuri.
Sem a presença de “glowworms”, nem do rio subterrâneo, esta gruta revela-se mais interessante que a anterior, no que respeita a formações calcárias de estalactites e estalagmites, com tamanhos e formas diversas, que dão asas à nossa imaginação.

De regresso à superfície, viajamos para ocidente, em direcção à costa deste lado do país, onde ainda não tinha estado.
Esta estrada secundária, sinuosa, é apenas um exemplo da invulgar beleza das paisagens neozelandesas, que podem ser observadas a partir das estradas. Para além das grutas, e de percursos pedestres que lhes estão associados, paramos numa área onde acedemos a uma bela e imponente catarata (Marokopa Falls), para mais tarde passarmos em frente a um ponte natural, em rocha, que já conheço de anterior visita, pelo que não paramos aqui, para podermos alcançar outros locais igualmente interessantes.
Ao aproximarmo-nos do litoral, contornamos uma grande enseada, quase seca, pelo facto de estarmos no período de maré baixa.
Chegados à costa, em Kawhia, vamos directos à praia, onde a Cecilie garante existirem erupções de água quente. Esta praia, tem muitos quilómetros de extensão, um areal profundo, de areia escura, e está praticamente deserta, apesar de estarmos no Verão, com um belo dia, e ser sábado.
Quando chegámos, ao final da tarde, encontrámos algumas pessoas, não mais que meia dúzia, que cavavam na areia, talvez à procura da água quente.
Nós os dois, aproveitámos para tomar banho, mesmo sem a água quente, num mar com fortes correntes e ondulação. Esta costa, sobretudo para norte, é popular entre os surfistas, pelas características do mar.
Quando saímos da praia, olhámos para ambos os lados do areal, e não vislumbrámos qualquer outra pessoa.
Seguimos o nosso passeio, desta vez numa estrada em terra, para norte, em direcção a Raglan, onde vamos jantar, após o que regressamos a Hamilton.

Nos dias seguintes, ficamos em Hamilton, aproveitando para passear na cidade, particularmente num extenso parque designado Hamilton Gardens.
Este parque foi construído num local onde anteriormente existiu um aterro sanitário, e é um espaço modelar pelas valências que oferece aos utentes. Para além das áreas arborizadas que acompanham as margens do rio Waikato, um dos maiores da NZ, no qual se pode tomar banho em plena cidade, o parque tem uma série de jardins temáticos, dedicados a diversas culturas, como por exemplo, Índia, Itália, Japão e Inglaterra. Este conceito é interessante já que, para além de espécies botânicas características dos países representados, os jardins temáticos estão desenhados de acordo com a estética dos mesmos, contendo alguns elementos arquitectónicos e decorativos alusivos às respectivas culturas.
Nesta altura do ano, decorre neste parque um Festival Cultural, que inclui espectáculos diversos, de música, teatro e ópera, bem como actividades destinadas às crianças.

Numa das noites passadas em Hamilton, pudemos assistir a um recital de piano, pelo russo Konstantin Scherbakov, que está a efectuar uma digressão pela NZ.
O recital decorreu na principal sala de música da cidade, designada WEL, projecto recente, de estilo contemporâneo, atraente, sem ser pretensioso.
Numa outra noite, jantámos com um casal residente em Hamilton, Vera e Wayne, ela holandesa e ele neozelandês, amigos da Cecilie, que eu tinha conhecido aqui em Hamilton, em 1994.

Agora, é tempo de deixar Hamilton, para mais tarde regressar, quando voltar do sul, para então me despedir da Cecilie.
Para já, vou voltar ao lado oriental da Ilha do Norte, que irei percorrer até chegar a Wellington.
Hoje, viajo até Tauranga, a principal cidade da região chamada Bay of Plenty, e um dos principais portos de mercadoria do país. Os dois principais produtos que são exportados a partir do porto de Tauranga são, o kiwi (fruta) e madeira.
Por sugestão da Cecilie, vou ficar hospedado em casa dum casal de amigos dela, a Stephanie e o Colin, ali residentes.
Chegado a Tauranga, procedo como habitualmente na NZ. Dirijo-me primeiro ao posto de informações turísticas, onde procuro informações sobre a região, e daí sigo para casa do casal que me recebe com simpatia.
O Colin, que é um artesão de violinos, quase reformado, oferece-se para me guiar numa visita à cidade e arredores, o que aceito.
Assim, no dia seguinte à minha chegada, partimos os dois para um passeio ao longo do qual, atravessamos a área portuária, situada numa baía interior, para alcançarmos a costa, junto ao Monte Maunganui, um vulcão extinto, a partir do qual se alcançam muitos quilómetros de praia, como sempre, quase deserta.
Tauranga tem uma área central à beira da baía, com bastante comércio, onde mais tarde jantamos os três num bom restaurante, Kestrel, que funciona entre uma estrutura construída em terra e uma embarcação, que em tempos idos serviu de transporte de passageiros entre Auckland e o subúrbio de Devonport.

De Tauranga, parto em direcção a East Cape, o ponto mais oriental da NZ.
Para lá chegar, percorro uma estrada costeira sinuosa, de grande beleza cénica, ao longo da qual passo por inúmeras baías, umas mais extensas que outras, com praias de areia ou pedra. No lado de terra, sucedem-se pequenas montanhas, debruçadas sobre a costa, com muita vegetação.
Esta região tem poucos habitantes, o que para a média da NZ significa que aqui não há quase ninguém, e a maioria dos veículos com que me cruzo são de pescadores, atraídos pela abundância de peixe.
Muitos dos carros dos pescadores trazem barcos atrelados, o que confirma a paixão dos neozelandeses por barcos. Aliás, na NZ, para além da grande quantidade de marinas para as embarcações de recreio, também se encontram com facilidade e em boas condições, por toda a costa, pontos de acesso ao mar.
Antes de chegar ao ponto mais oriental, faço uma paragem de duas noites numa aldeia,
Te Kaha, ficando alojado numa casa de turismo de habitação, Tui Lodge.
Esta casa, inserida numa propriedade com pouco mais dum hectare de área, está localizada a cerca dum quilómetro da costa, sendo que, da casa se alcança o mar e neste, ao longe, a pequena ilha White Island, ocupada por um vulcão activo há vários anos, que é uma das atracções desta região.
O Tui Lodge é uma casa confortável, habitada pelos seus proprietários, Joyce e Rex, e um dos filhos deles, Peter, todos neozelandeses. O Rex e a Joyce são excelentes anfitriões, com um sentido de humor apurado. O Rex, com 83 anos de idade, e a Joyce, à qual não perguntei a idade, cuidam de tudo, e não têm empregados.
Antes de viverem neste “paraíso”, habitaram na Nova Guiné, da qual guardam boas recordações.
Nos dois dias que com eles passei, conheci também um outro filho deles, Malcolm, que veio passar uns dias com os pais, sobretudo para caçar.
Aqui, aproveitei o tempo para conhecer melhor o litoral da região, com pequenas baías rochosas, e acessos difíceis ao mar, quer pela morfologia do terreno, quer porque a maior parte dos terrenos costeiros são propriedade de Maoris, que restringem o acesso ao mar.
Frente a uma das pequenas baías encontrei um local delicioso: uma pequena propriedade rural, Pacific Coast Macadamias, com um pomar de árvores que produzem macadamias (este é o nome inglês das nozes produzidas por estas árvores, do qual desconheço o correspondente nome português).
Inserido no pomar, existe uma loja, na qual são servidas iguarias feitas a partir da macadamia. Desde as nozes naturais, a gelados, passando por doces diversos e manteiga, há muito para nos atrair.

Novamente a caminho, em direcção a East Cape, passo por baías cada vez mais isoladas e agrestes, onde para além de pedra, impressiona a quantidade de escolhos de madeira que o mar traz para terra. Ao longo da estrada, cruzo vários rios, com pouca água, pela época do ano em que estamos. Invariavelmente, a água dos rios é limpa, assim como os leitos, sem lixo, e normalmente encontro pessoas a tomar banho, e/ou a pescar.
Para se chegar a East Cape, há que fazer um desvio de cerca de 20 km, regressando posteriormente pelo mesmo caminho à estrada principal, a partir da povoação de Te Araroa. Este percurso, feito sempre à beira-mar, revela uma das costas mais inóspitas que conheço, devassada por ventos fortes, e menos afectada pelos seres humanos que, como sabemos, temos uma especial predilecção por qualquer pedaço de terra que esteja próximo do mar, sendo que, muitas vezes, essa atracção proporciona resultados desastrosos.
Aqui, quase não se vêm construções, e a maior parte do terreno é ocupada por propriedades rurais, vendo-se bastante gado a pastar.
Chegado ao final da estrada, deparo-me com uma colina apreciável, no topo da qual se encontra um farol. Hesito quanto à subida, e acabo por ficar cá em baixo, a olhar para o alto. Estou condicionado pelo facto de estar a viajar sozinho, o que me leva a ter cuidados especiais no que respeita a deixar o carro em locais ermos, com toda a minha bagagem, e também porque ainda tenho várias horas de viagem, até chegar ao meu destino diário.
Assim, volto à estrada principal, não sem antes parar junto ao mar para molhar os pés, num dos locais mais remotos e isolados em que estive.
Daqui até Gisborne, para sul, a estrada afasta-se da costa, voltando a esta esporadicamente, para revelar novas baías e algumas povoações. Ao longo desta estrada, terrenos agrícolas e muito gado, numa paisagem campestre, com menos vegetação que no lado oposto da Península.

Gisborne, é uma pequena cidade, a mais oriental da NZ, e por isso a que primeiro vê o sol a nascer no mundo. É conhecida particularmente pelas extensas praias frequentadas por surfistas, e pelo facto histórico de, ter sido aqui que, em 1769, o Capitão Cook, aquele que comandou a primeira viagem inglesa a estas paragens, avistou terra e aportou.

De Gisborne, sigo para sul, para ficar na pequena Península de Mahia, outrora uma ilha.
Esta é uma região afastada de centros populacionais importantes, e por isso isolada. Das pequenas povoações que existem na Península, a menos pequena é Mahia Beach, no lado ocidental, onde fico.
Aqui, hospedo-me numa casa de turismo de habitação, Seashore B&B, que está literalmente, sobre a praia. Os proprietários, Marie e John, estabeleceram-se neste local há poucos anos, depois de terem vivido numa região interior, não muito distante, onde trabalharam como agricultores.
Agora, a Marie cuida da casa e dos hóspedes, e fá-lo de modo exemplar, e o John trabalha na construção e manutenção de imóveis, dedicando-se à pesca nas horas vagas.
Nesta região, as extensas praias estão praticamente desertas. Numa delas, Pukenui Beach, longa de vários quilómetros, caminhei durante duas horas, ao longo das quais apenas vi um casal, e uma mulher local, que passeava com três cães, que corriam incessantemente pela praia, brincando como crianças, e perseguindo as aves marinhas que por lá andavam.

Prossigo a minha viagem para sul, até Napier. Pelo caminho, observo extensos campos agrícolas, com muita vinha (esta é uma das principais regiões vinícolas da NZ), e muito gado. Passo por uma área de grande beleza paisagística, do Lago Tutira, onde não paro.
Napier é uma pequena cidade situada no litoral, reconhecida como uma jóia arquitectónica do período Art Deco.
Embora a cidade tenha sido fundada no século XIX, antes do estilo Art Deco surgir, em 1931, um violento terramoto, seguido por incêndios, destruiu grande parte da cidade.
Felizmente, graças aos esforços e visão das autoridades, Napier renasceu dos escombros, em poucos anos, com uma imagem moderna. Os arquitectos contratados para a execução dos projectos urbanísticos e de arquitectura, optaram pelo estilo Art Deco, em voga na década de 30.
Hoje, Napier tem um dos melhores conjuntos arquitectónicos no mundo, daquele estilo, que constitui a sua imagem de marca.
Um passeio pela cidade, revela formas e cores que me fazem lembrar cenários de filmes.

De Napier, viajo para sul, para a última etapa na Ilha do Norte, antes de seguir para a do Sul. O destino do dia é Wellington, a capital da NZ.
Ao longo dos mais de 300 km do percurso, passo por várias pequenas cidades, parando em Hastings, para visitar uma feira semanal de produtos agrícolas da região, onde entre doces, vinhos, fruta, azeitonas e outros produtos locais, converso com um imigrante alemão que ali vende compotas. Da sua experiência de vida, de três anos, na NZ, diz-me que está tão satisfeito que, não voltará a viver na sua terra natal. A qualidade de vida que aqui tem, é incomparavelmente superior à que tinha na Alemanha, e o clima desta região é muito semelhante ao do Mónaco, sendo o custo de vida muito inferior.
A caminho de Wellington, passo ao largo duma localidade especial, pelo nome. Este, é o nome mais comprido de qualquer localidade do mundo, e é um desafio para qualquer pessoa que o queira decorar (que não é o meu caso).
Socorrendo-me do meu mapa da NZ, passo a copiar: Taumatawhakatangihangakoauauotamateaturipukakapikimaungahoronukupokaiwhenuakitanatahu.

A entrada em Wellington, revela uma cidade espremida entre o oceano e montes que lhe estão próximos, ao longo dos quais a cidade vai crescendo.
É numa destas elevações que vivem a Kristine, filha da Cecilie, com quem estive em Hamilton, o marido Tony, e o filho Ryan. É em casa deles que fico.
Wellington tem outra particularidade, que é a de ser uma cidade ventosa, pela sua localização, na ponta sul da Ilha do Norte, debruçada sobre o Oceano Pacifico. Na verdade, não me lembro de outra cidade onde tenha estado que seja tão ventosa como esta, com tanta regularidade.
Aqui, opto por ficar apenas dois dias, para poder conhecer minimamente a capital da NZ já que, começo a temer pela falta de tempo, para visitar o que de mais importante a Ilha do Sul tem para me oferecer. Para além disso, todas as pessoas com quem tenho falado, que conhecem ambas as ilhas, me garantem que as belezas naturais da Ilha do Sul transcendem as da Ilha do Norte.
Em Wellington, visito essencialmente a área central da cidade, próxima do mar, um tanto confusa do ponto de vista urbanístico, na qual se encontra o principal museu da cidade, conhecido como Museu da NZ/Te Papa (http://www.tepapa.govt.nz/).
O edifício, de grandes dimensões, construído há cerca de dez anos, é mais interessante pelo interior, independentemente do espólio museológico bastante diverso, do que pelo exterior.
Sem que tenha visitado em pormenor as muitas áreas do museu, detive-me na loja (http://www.tepapastore.co.nz/), excelente, onde encontrei a melhor colecção de artes tradicionais de inspiração Maori, que pude ver até hoje.
Fora da área central da cidade, no alto duma das elevações sobranceiras ao mar, está o Jardim Botânico, famoso pela sua beleza paisagística.
Para lá chegar, utilizo o “cable car” que me leva sem esforço colina acima, do alto da qual se alcança um amplo panorama.
Dos poucos restaurantes que conheci em Wellington, destaco o Shed 5, instalado num antigo armazém portuário. Aqui, para além dum bom peixe, deliciei-me com as primeiras ostras de Bluff, pequena localidade situada no extremo meridional da Ilha do Sul, famosa pela qualidade das ostras que ali se produzem. Estas, só estão disponíveis num período do ano, tendo a época começado há poucos dias. A qualidade das saborosíssimas ostras ficou comprovada, pelo que aguardo por novas oportunidades nas próximas semanas.

Agora é tempo de deixar a Ilha do Norte, onde voltarei mais tarde, depois da visita à vizinha do Sul. Até agora, em quase um mês de utilização do carro alugado, percorri cerca de 2.500 km.
Vou pois apanhar o barco, que me levará mais para sul, para terras ainda desconhecidas.

01 março 2007

FOTOGRAFIAS PUBLICADAS NO GOOGLE EARTH

Há dias, quando anunciei que passaria a publicar algumas das melhores fotografias da NZ no GOOGLE EARTH (GE), dei indicações para a observação das fotografias, que não facilitam essa tarefa.

Na verdade, a minha experiência com o programa PANORAMIO, através do qual as fotografias chegam ao GE, é reduzida.
Felizmente que o Pera, amigo espanhol, deu uma sugestão que torna mais fácil a observação das fotografias.
Assim, para descobrirem as minhas fotografias publicadas no PANORAMIO, e posteriormente no GE, podem utilizar o link http://www.panoramio.com/user/75065

Espero que apreciem.