27 novembro 2006

A VIDA É UMA VIAGEM

Quando há alguns meses visitei a Argentina, conheci a
Carolina Reymúndez, jornalista de viagens.

Entretanto, a Carolina escreveu recentemente um artigo publicado pelo jornal diário argentino LA NACION, sobre viagens e viajantes,
no qual me referenciou. Se quiserem ler o artigo citado, sigam o link, http://www.lanacion.com.ar/862020

11 novembro 2006



















Bocas del Toro, Panamá
PANAMÁ – O MODELO AMERICANO DA AMÉRICA LATINA

Chegado à cidade de Panamá, vindo do Peru, rapidamente me apercebo que estou numa área geográfica, e sobretudo humana, diferente.
Aqui, as pessoas têm comportamentos bastante diferentes das que residem nos países da América do Sul que visitei. Neste aspecto, só os habitantes do norte do Brasil têm algumas semelhanças com os “panamenhos”.
As mulheres, independentemente dos seus atributos físicos, ou beleza, fazem questão em ser sensuais, e vaidosas, exibindo-se. Os homens, correspondem aos estímulos femininos, criando-se uma cumplicidade natural.
Menos abonatória, é a característica geral de “moleza” e desleixo para com o trabalho.
Instalado na área comercial da cidade de Panamá, perto de vários casinos, identifico de imediato um dos males da sociedade em que vivemos, e do turismo de massas: prostituição. Jovens mulheres, “panamenhas” (?), oferecem os seus corpos aos que pagam para tal, a qualquer hora, claramente.

A cidade em si, está em transformação acelerada. Nos últimos anos, muitos estrangeiros, sobretudo norte-americanos, foram seduzidos por um conjunto de factores que colocam o Panamá como um dos países mais favoráveis para residência de pessoas idosas, ou simplesmente, quem queira viver noutro país.
Por um lado é o clima tropical, estando o país fora de alcance dos furacões que ciclicamente assolam as áreas vizinhas, as boas infra-estruturas de saúde e, para os norte-americanos, a proximidade com os E.U.A., e o facto da moeda em uso no Panamá ser o dólar norte-americano. Para disfarçar a identidade desta, chamam-lhe “balboa”, mas as notas e moedas que aqui circulam são iguais às utilizadas nos E.U.A.
A juntar a estes factores, acresce o facto do governo panamense ter definido uma estratégia que visa atrair residentes estrangeiros, através dum conjunto de incentivos fiscais e económicos.
Assim, o parque habitacional da cidade de Panamá tem vindo a crescer na proporção do desenvolvimento do mercado de residentes estrangeiros, e sobretudo de acordo com os padrões norte-americanos. Os promotores imobiliários encarregam-se de apresentar e executar edifícios cada vez mais altos, com formas e nomes apelativos para a clientela.
Ao que tudo indica, o sonho destes mecenas do progresso é o de fazer da cidade de Panamá uma réplica de Miami, nos E.U.A.
Do que é a frente marítima da cidade, à parte o lado ocidental que confronta com o Canal de Panamá, só vai escapar à actual onda de renovação urbana a área designada como “Casco Viejo”, onde a cidade foi reconstruída na segunda metade do século XVII, após ter sido saqueada e incendiada por corsários britânicos. Aqui, as construções antigas prevalecem, havendo sinais de reabilitação de muitas delas.
A área de “Casco Viejo”, contrariamente à anterior localização da cidade, revelou-se bastante segura, e nela a cidade cresceu até ao início do século XX, quando se concretizou a abertura do Canal de Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico.
Esta obra, iniciada por franceses, que haviam construído anteriormente o Canal de Suez, foi por estes abandonada depois de pesadas perdas humanas (mais de 20.000 mortos, devido sobretudo a doenças como a febre amarela e malária), sendo posteriormente retomada e concluída por norte-americanos, em 1914.
Hoje, passam pelo canal cerca de 14.000 navios por ano, sendo as receitas do tráfego vitais para o país. Estrategicamente, a importância do canal é indiscutível, e a população acabou de referendar a execução de obras que visam ampliar a capacidade de circulação de navios por esta via marítima.
No decurso da minha estada na cidade, tive a oportunidade de visitar uma das três áreas de comportas do canal, a de Miraflores, onde os maiores navios passam à justa, a poucos centímetros das margens.

Esta visita foi-me proporcionada por um casal de portugueses que aqui reside, o João Calqueiro e a Maria Helena. Já nos conhecíamos, porque somos vizinhos de S. João do Estoril.
Estes conterrâneos têm vivido em diversos países, devido à carreira profissional do João Calqueiro, concluída há poucos anos, ao serviço duma empresa internacional. Actualmente, depois da reforma, preferem residir no Panamá.
Ainda na cidade de Panamá, visitei o Parque Natural Metropolitano, área de floresta tropical húmida encostada à cidade, qual pulmão verde.
Sobre a natureza e vida animal, o Panamá encontra-se numa das regiões do mundo com maior número de espécies de plantas e animais, pelo que a biodiversidade é riquíssima. Por exemplo, no Panamá estão recenseadas mais de 900 espécies de aves.
Esta visita ao Parque Natural Metropolitano permitiu-me, para além de caminhar, exercício que pratico cada vez com mais prazer, fugir por algumas horas, do bulício urbano, já que esta cidade está desenhada segundo o modelo tradicional das cidades norte-americanas ou seja, para os automóveis e não para os peões.
Quanto ao trânsito automóvel, congestionado, ruidoso e bastante poluente, sobressai o numeroso grupo de autocarros públicos, do modelo utilizado pelos autocarros escolares dos E.U.A., normalmente com pinturas garridas, ao gosto de cada um.
Estes autocarros, importados dos E.U.A., depois de terem servido naquele país para o transporte escolar, conhecidos no Panamá como “diabos vermelhos”, de manutenção duvidosa, são conduzidos por motoristas audazes, o que não inspira confiança.

Feitos os planos necessários para viajar em direcção à Costa Rica, cuja fronteira está a quase 600 km de distância, saio da cidade de Panamá, de autocarro, percorrendo a estrada “interamericana”, a principal via rodoviária longitudinal do Panamá, a qual liga os E.U.A. à região austral da América do Sul (no noroeste da Argentina e na região dos lagos, no Chile, já a tinha percorrido, sendo ali identificada como “panamericana”).
Como estou desejoso para conhecer o litoral desta região, particularmente as praias, faço uma primeira etapa curta, de cerca de 120 km, para chegar ao Hotel Decameron, situado frente ao oceano Pacífico.
Este primeiro destino balnear não é propriamente de meu agrado mas, atendendo às circunstâncias em que estou a viajar, é o mais conveniente. Passo a explicar: habitualmente, o meu modelo de alojamento é o dum pequeno hotel, tranquilo.
Neste caso, o Decameron, tem 600 quartos, e alberga mais de 2.000 hóspedes, no regime de tudo incluído. Com tanta gente, uma boa parte da qual residente no Panamá, a tranquilidade é limitada mas, usufruo da praia, com vários quilómetros de comprimento, de areia cinzenta e águas cálidas, com pouca ondulação.
Para além da praia, o hotel tem amplas áreas de jardim cuidadas, onde prevalecem espécies tropicais como palmeiras de diversas espécies, bananeiras, mangueiras, e muitas outras plantas, algumas das quais com flores coloridas.
Esta experiência serviu para confirmar a minha antipatia por este tipo de alojamento, onde a maioria dos hóspedes se comporta com modos animalescos, comendo e bebendo para além do desejável.
Particularmente, aqui confirmei uma impressão já obtida durante a minha estada na cidade de Panamá, acerca do nível de educação cívica e cultural dos “panamenhos”: a sociedade do Panamá sofre dum défice profundo nestas áreas, provavelmente porque atribui mais importância aos aspectos materiais da vida.
Ao fim de três dias neste circo à beira-mar plantado, sigo viagem até David, capital da província de Chiriqui. Para lá chegar, demoro cerca de seis horas, utilizando três autocarros públicos.
Do percurso, refiro que a estrada é razoável até à cidade de Santiago, para depois piorar significativamente. Quanto às paisagens, são mais interessantes na segunda metade, após Santiago, já que o terreno passa de quase plano a montanhoso, com muita vegetação e alguns rios.
Chegado a David, a cerca de uma hora de viagem da principal fronteira com a Costa Rica, encontro uma cidade pouco desenvolvida e organizada, embora seja a segunda mais populosa do Panamá.
O centro urbano é antiquado e pouco cuidado, assim como o comércio. Visito o mercado municipal, pobre e abandonado. Aqui, reparo que as lojas que vendem flores, só têm flores artificiais. Depois, ao percorrer outras ruas, constato que muitas outras lojas também vendem flores, todas artificiais.
Embora sabendo que estamos próximo do dia de finados, não me parece que tanta flor artificial seja destinada às campas dos defuntos.

Aproveitando a passagem pela província de Chiriqui, visito a região de Boquete, a cerca de uma hora de autocarro a norte de David, nas montanhas da Cordilheira Central, a mais importante do Panamá, e também da Costa Rica.
Boquete é hoje uma região onde residem muitos estrangeiros, sobretudo norte-americanos, atraídos por um baixo custo de vida, paisagens bucólicas e clima ameno. De resto, pareceu-me um local com pouco interesse.

Aqui, decido alterar a minha rota, deixando temporariamente a estrada interamericana, para me dirigir para a costa do Atlântico. O objectivo imediato é o de visitar o arquipélago de Bocas del Toro, situado perto da costa noroeste do país, o qual atrai um número crescente de visitantes, sobretudo pelas características das suas praias.
Em David, apanho um autocarro que me leva até à povoação de Almirante, no litoral Atlântico, em quatro horas. O percurso montanhoso através da Cordilheira Central, é de interesse paisagístico, com vegetação densa. Aqui e ali, passamos por casas isoladas, precárias, normalmente em madeira, construídas sobre estacas.
Já na área litoral, aparecem campos extensos com plantações de bananeiras, a cultura dominante desta região, que se prolongam para lá da fronteira com a Costa Rica. É daqui que viajam as bananas da marca “Chiquita” para o mundo.
Em Almirante, num cais que não inspira confiança, apanho uma lancha rápida que me leva até à ilha de Colón, a maior do arquipélago de Bocas del Toro, em cerca de meia hora.
Do mar, apercebo-me das características da linha da costa, com vegetação densa e extensos mangais, sem areia.
A aproximação à ilha, e à cidade de Bocas del Toro, permite observar a implantação de inúmeras casas sobre o mar, em estacas.
É numa destas construções que me hospedo, no hotel El Limbo. Este tem no piso térreo, sobre o mar, um bar/restaurante agradável, não pelo que lá servem, ou tão pouco pelo serviço (de má qualidade), mas pela localização. Como este hotel tem uma área de acesso “wireless” à Internet, durante a minha estada estive a trabalhar com o meu computador praticamente com os pés dentro de água.
Este arquipélago foi durante muito tempo uma parte do território da empresa bananeira United Fruit Company, até esta ser deslocada para outro local. Nos últimos anos, Bocas del Toro tornou-se popular, tanto para o turismo interno como para estrangeiros, alguns dos quais optaram por aqui residir.
Por enquanto, a oferta hoteleira está limitada a pequenos hotéis, sendo quase todos propriedade de estrangeiros.
Dado o aumento significativo de visitantes ao arquipélago, estão em curso muitos projectos imobiliários, sendo o mais polémico, e provavelmente o maior, o “Red Frog Beach” (ver a crónica seguinte), na ilha Bastimentos. Este, está localizado numa área de dezenas de hectares, à beira duma praia onde tartarugas marinhas desovam regularmente, e vai dispor dum campo de golfe, sendo que esta ilha, e as restantes do arquipélago, tem uma flora bastante densa, e fauna abundante.
Para ter uma melhor ideia do arquipélago, passo um dia a passear de lancha, começando pela baía dos golfinhos, junto ao continente, onde os simpáticos mamíferos são vistos com frequência. No dia em que visitei a baía, vimos alguns exemplares isolados.
Dali partimos para um ponto da ilha Bastimentos, onde existe um restaurante construído sobre o mar, à volta do qual existe algum coral, que pode ser observado com máscaras de mergulho. Tendo já tido a oportunidade de conhecer outros mundos marinhos mais ricos, particularmente nas ilhas Maldivas, este não me entusiasmou.
Dos vários locais visitados neste percurso, o que mais me interessou foi a praia Red Frog, na ilha Bastimentos. Assim, nos dois dias seguintes decidi lá voltar noutras condições.
Viajei numa lancha que transporta diariamente pessoas que vivem e trabalham nas ilhas, pelo que o percurso tem uma animação particular. Depois de várias paragens, em meia hora, chegamos a um ponto do lado ocidental da ilha Bastimentos. Deste, caminho por um trilho cuidado que atravessa a floresta e a ilha transversalmente, observando e escutando a vida animal, até chegar ao lado oposto, em cerca de dez minutos, à praia Red Frog, junto ao único bar que actualmente ali funciona, Flip Flops.
A praia Red Frog tem cerca de 1 km de extensão, areia fina de cor clara, muita vegetação e mar com ondas que me permitem brincar, sem correntes fortes.
De resto, o relativo isolamento desta praia faz com que o número de visitantes seja baixo, o que me permite banhar-me sem a presença doutras pessoas por perto.
Nos dois dias passados nesta praia, contactei com diversas pessoas das quais destaco o Eleutério, garoto de dez anos de idade residente na ilha, que aproveita a presença dos visitantes para promover o animal que deu o nome à praia Red Frog, uma pequena rã de cor vermelha que parece ser exclusiva desta ilha.
Sem que saiba muito a respeito desta espécie animal, apenas posso afirmar que não vi qualquer exemplar em liberdade, embora não me tenha esforçado muito para os encontrar. De facto, quando conheci o Eleutério, no primeiro dia em que visitei a ilha, ele apresentou-me uma das rãs que digamos, estava ao seu cuidado.
Nos dias seguintes, apercebi-me que o Eleutério visita regularmente o bar da praia, com as suas rãs, para as exibir aos visitantes. Alguns destes, depois de apreciarem os animais, pagam pelo acto. O que achei mais curioso, foi o facto do Eleutério entregar voluntariamente os seus ganhos monetários à Mariel, a argentina que gere o bar da praia, em quem confia.
Assim, para que não restem dúvidas, as fotografias que apresento das rãs vermelhas (dois exemplares fotografados) foram tiradas com a colaboração do Eleutério, o amigo das rãs.
Com o desenvolvimento urbanístico previsto para esta e outras áreas da ilha Bastimentos, que vão trazer muito mais gente à ilha, reduzindo as áreas dos habitats que têm sido utilizados pelas espécies animais que ali vivem, temo pela sobrevivência de muitos destes.
Essa mesma preocupação foi-me manifestada por T. J. – Thomas James, ambientalista, dissidente da sociedade norte-americana, que vive no arquipélago há algum tempo.
Encontrei o T.J. num momento de descanso dele, no bar da praia, e em conversa fiquei a saber que a missão que o ocupa naquele local é preparar paisagisticamente um terreno fronteiro à praia, no qual será em breve edificado um projecto urbanístico. Este, de menor escala que o designado Red Frog Beach, e outros anunciados para áreas vizinhas, vão alterar significativamente o ambiente desta pequena ilha.

Na ilha Colón, viajei até ao extremo norte para visitar a área designada como Boca del Drago, por enquanto ainda livre da “febre” imobiliária.
Empreendo um longo passeio à beira-mar, para visitar a praia das estrelas, cujo nome provem da quantidade de estrelas-do-mar que ali vivem.
Lá chego com a ajuda do Aneldo, jovem residente naquela área da ilha, à beira do mar, rodeado por milhares de coqueiros. Com ele descubro a árvore que produz o fruto noni, meu conhecido pelo sumo que consumi nos últimos anos, do qual sou apreciador.
O Aneldo diz-me que ele e os familiares bebem o sumo do noni, natural, quando têm alguns problemas de saúde.
Em Boca del Drago existe um restaurante, Yarisnori, localizado a uns vinte metros do mar, que por si só justifica a deslocação a este lado da ilha.
Simples e acolhedor, em grande parte devido à forma de estar da sua proprietária, Juany, que me contou como há muitos anos o sogro se tornou proprietário das terras daquela extremidade da ilha, e ela e o marido iniciaram a actividade de restauração, com pleno sucesso.
Numa das minhas duas visitas ao Yarisnori, em pleno fim-de-semana de festas pátrias no Panamá, não resisti à tentação de me banquetear com uma lagosta grelhada, petisco que há muito tempo não comia.
Ainda neste canto da ilha, conheci uma instituição de origem norte-americana dedicada à educação ambiental, Instituto para Ecólogia Tropical y Conservación ( http://www.itec-edu.org/ ), ali localizada. O seu director, Peter Lahanas, também se mostrou apreensivo quanto ao desenvolvimento urbanístico da região, e o impacto que este terá na natureza.

Depois de quase uma semana no arquipélago de Bocas del Toro, e um total de vinte dias no Panamá, parto em direcção à Costa Rica.
De lancha rápida, viajo da ilha Colón para Changuinola, povoação situada mais a norte, quase na fronteira com a Costa Rica. Depois de percorrer o lado ocidental da ilha, a lancha entra num longo canal, que mais tarde, observado através do Google Earth, me parece tratar-se do braço dum rio, que segue paralelo à costa até chegarmos a Changuinola, ao fim de uma hora de viagem, quase sempre debaixo de chuva.
Em Changuinola, na companhia de três jovens norte-americanos, sigo para a fronteira de táxi. A estrada que percorremos é de má qualidade, condizendo com a fronteira que vamos cruzar. Na verdade, não me lembro de outra fronteira que tenha atravessado, com tão más condições para os viajantes.
Imaginem o percurso, a partir do momento em chegámos à localidade de Guabito, no lado do Panamá: saindo do carro que nos transportou, subimos uma escada até chegarmos a um local onde se encontram as autoridades do Panamá, para o controlo de saída do país.
Entretanto, analiso as possibilidades de recorrer à ajuda de alguém para me levar a mala, com cerca de 30 kg, o que me custaria quatro euros, pelo que recuso a ajuda.
Despachado das formalidades alfandegárias do Panamá, iniciamos o trajecto em direcção à Costa Rica, a pé, atravessando uma ponte sobre o rio Sixaola, com cerca de 300 metros de comprimento. A travessia da ponte é penosa, não tanto pela sua extensão mas, porque o piso daquela está degradado, sendo constituído por traves de madeira, irregulares. Para além do mais, a ponte é estreita, e por ela circulam não apenas as pessoas a pé, mas também todas as viaturas que cruzam a fronteira. A juntar a estas condições acresce o facto do calor ser intenso, com uma percentagem de humidade relativa próxima dos 100%.
Chegados ao lado da Costa Rica, à povoação de Sixaola, cumprimos as formalidades alfandegárias de entrada no país, após o que decidimos alugar um táxi para nos transportar até Puerto Viejo, localizado algumas dezenas de quilómetros a norte, na costa.

O resto fica para a próxima crónica, sobre a minha visita à Costa Rica, país que há muitos anos desejo conhecer.
Esta parte da viagem terá algumas diferenças relativamente às etapas anteriores, até porque dentro de alguns dias irei ter companhia para viajar. De facto, a Dina, amiga portuguesa, decidiu viajar até à Costa Rica, para em conjunto percorrermos a região, desde San José, capital da Costa Rica, até Manágua, capital da Nicarágua.

05 novembro 2006












O nome da Praia Red Frog é devido a esta espécie de rã, que parece existir exclusivamente na ilha de Bastimentos.
Estas rãs, de pequenas dimensões, podem ter o seu habitat ameaçado pela expansão da presença humana na ilha onde vivem.

04 novembro 2006














Praia Red Frog, ilha Bastimentos, arquipélago de Bocas del Toro, Panamá: vista quase total, a partir da extremidade sul.














A ponta sul da praia Red Frog tem como apêndices alguns ilhéus.














Bar Flip Flops, o único actualmente existente na praia Red Frog.
De notar os bancos suspensos, como baloiços.

03 novembro 2006

PRAIA RED FROG

Não me esqueci do compromisso de relatar as minhas experiências de viagem. Desde que cheguei ao Panamá, há já quase três semanas, que tenho estado empenhado em descobrir uma praia à minha medida, e a meu gosto.
Esta semana, encontrei-a. É a praia Red Frog, situada na ilha de Bastimentos, no arquipélago de Bocas del Toro, localizado no noroeste do Panamá.

Na próxima semana, conto publicar a minha crónica sobre o Panamá, na qual relatarei tudo o que de importante tenho visto e vivido neste país.
Até lá, mostro-lhes algumas fotografias tiradas hoje, na praia Red Frog, num dia glorioso de praia.
Se quiserem saber mais sobre este recanto do mundo, poderão observar um sítio na Internet duma empresa promotora imobiliária que está neste momento a construir um empreendimento polémico neste local, com o nome Red Frog Beach (http://www.redfrogbeach.com/).

P.S. - Devido a problemas técnicos, não pude publicar hoje as fotografias da praia. Espero poder fazê-lo amanhã, depois do regresso da praia.